Por Bruno Hilgemberg
O Movimento Sem-Terra chegou ao distrito do Guará há mais de uma década. Nos primeiros anos, várias fazendas foram invadidas, porém muitos mudaram-se para outros lugares e hoje poucos ainda vivem nestes locais. Atualmente são sete assentamentos com cerca de 30 famílias.
A primeira fazenda a ser invadida foi a Guará (foto acima). Na propriedade, moravam 15 funcionários. O latifúndio foi tido como improdutivo, apesar de produzir grandes quantidades de madeira (pinus). “Produzíamos 30.000m³ de madeira para lamina e 10.000m³ de madeira que era vendida nas serrarias da região”, explica , ex-gerente da fazenda. No local, os novos donos da terra implantaram uma agricultura familiar, cultivando hortaliças e frutas, priorizando a produtividade de subsistência.
A região da Serra da Esperança também tem membros do MST assentados em seu entorno. Grandes latifúndios, tidos como improdutivos, foram invadidos. Alguns assentamentos são próximos de Áreas de Proteção Ambiental (APA), lugares onde é proibido qualquer tipo de extração ou manejo da terra. Isto gera uma grande fiscalização na região.
O que é produzido pelos assentados é consumido por eles mesmos, poucas coisas são comercializadas. As lojas e os mercados são beneficiados pelo aumento do movimento devido à maior população local gerada pelos novos moradores.