Bruno Hilgemberg
Há três anos, o Sindicato Rural de Guarapuava, em parceria com o Sistema Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), promove um curso no qual mulheres da região têm a oportunidade de aprenderem a serem agentes de mudança em suas comunidades. Durante as aulas são estudados quatro aspectos: culturais, emocionais, sociais, ambientais e profissionais.
Alguns temas abordados são “dados históricos” e “diferença de gêneros”. No primeiro, é estudado o papel da mulher na história, as batalhas e as conquistas que o sexo feminino venceu ao longo dos anos. No segundo, o mercado de trabalho é debatido, dando ênfase às mulheres que, cada vez mais, assumem cargos até então ocupado somente por homens. Também é estudado o autoconhecimento, relacionamento pessoal, auto-estima, relacionamento interpessoal, família, e espiritualidade, mostrando a mulher o seu papel perante a sociedade, e também ensinando como agir em determinadas situações. Além disso, a qualidade de vida é tema das discussões. A instrutora transmite para as alunas dicas para uma alimentação saudável, lazer, e higiene.
O Senar, até então, só oferecia cursos destinados ao manejo na agricultura em geral, destinados a produtores. A grande maioria que participava destes cursos eram homens, donos ou empregados em fazendas. Eis que surgiu a idéia de criar um curso para as esposas destes agricultores, porém, não somente abrangendo a agricultura, mas também outros temas de importância na vida da mulher.
Este curso ocorre várias vezes ao ano. Para participar, só é preciso ter mais de 18 anos e ser alfabetizada. As aulas são realizadas durante dez dias, num total de oito horas por dia.
Albertina Maria e Catarine Moraes moram no município de Candói e participaram do curso. Confira a entrevista com elas:
Participantes do curso
