Por Jéssica Lange
O curso de Secretariado Executivo da Unicentro está completando dez anos de existência em 2011. Os alunos da primeira turma encontraram muitas dificuldades, como a falta de um departamento específico do curso e a ausência de professores de espanhol. Em meio a todos os obstáculos, poucos desistiram e a maioria seguiu firme durante os quatro anos de graduação.
A falta de um departamento específico do curso continuou gerando problemas por pelo menos um ano. Neste período alunos e professores de secretariado executivo utilizavam o departamento de Administração. “Infelizmente o departamento de Administração não estava disposto a atender com a mesma eficiência aos alunos de secretariado executivo. Sempre éramos tratados em segundo plano, com certa discriminação” afirma Vilmar Soares, aluno da primeira turma.
O curso também enfrentou dificuldades para encontrar professores de línguas estrangeiras. “Em 2001 não tivemos essa disciplina na grade curricular e ainda foi necessário repor todas as aulas no ano seguinte”, reforça Vilmar. No caso do inglês o grande problema foi a diferença de aprendizado dos alunos, sendo que alguns possuíam o curso completo e falavam fluentemente, já a os outros apenas dominavam o básico. Segundo Vilmar, “Foi necessário dividir a turma: os que sabiam inglês e os que apenas tinham algumas noções”.
Os professores que deram aulas para a primeira turma de secretariado executivo não eram habilitados. Por consequência, alguns professores de outros departamentos precisaram ajudar em diferentes áreas. Para resolver a situação os alunos se organizaram e fizeram inúmeras paralisações. “Por várias vezes nos dirigimos até o departamento para reivindicar os nossos direitos. Precisamos utilizar até mesmo faixas com reclamações, tudo para chamar a atenção” ressalta Vilmar.
Mas apesar de todos os problemas e dificuldades o reconhecimento enfim foi alcançado. “Quando a comissão de avaliação veio para analisar o curso, acabaram se surpreendendo com a qualidade. E isso foi um grande mérito para todos nós” concluiu Soares.
