Por Geyssica Reis
Willian Carlos Saggin (primeiro da esquerda para direita) e outros brasileiros intercambistas
Em sua descrição básica, intercâmbio é a realização de uma viagem ao exterior com o objetivo de conhecer os costumes, tradições, tecnologias e o idioma de um país estrangeiro, ficando hospedado na casa de uma pessoa nativa daquele local. O estudante geralmente não conhece a pessoa com quem vai se hospedar e também não fala o mesmo idioma que ela.
Após cometimentos de atentados, alguns países decidiram ser mais rigorosos com as políticas de entrada de alunos. O país mais afetado por estas medidas foi sem dúvida os EUA. No entanto, países como Canadá e Reino Unido também passaram a adotar medidas mais restritivas na concessão de vistos em função desta nova realidade.
Solicitar um visto de entrada para um destes países pode demorar de 1 semana a 6 meses, dependendo do tipo de visto e o consulado do país em referência. Em função destas dificuldades, alguns países de língua inglesa tem se destacado junto a estudantes brasileiros justamente por não exigirem visto de entrada.
A Irlanda talvez seja o exemplo mais claro destas mudanças, já que muitos estudantes que tem receio de solicitar visto de entrada para o Reino Unido preferem estudar neste acolhedor país. A Irlanda ainda conta com um atrativo a mais para os Brasileiros, pois permite que estudantes matriculados em cursos de pelo menos 6 meses trabalhem legalmente no país por até 20 horas semanais.
Aqui em Guarapuava, os intercâmbios podem ser realizados pela Rotary Club local ou por algumas escolas de idiomas privadas. Uma destas, oferece vários programas para jovens estudantes.
Um destes programas é o Jovem Embaixadores, é feito pela embaixada dos Estados Unidos em parceria com instituições públicas (SEED) e esta escola de idiomas. É destinado para jovens da rede pública de ensino que tenham perfil de liderança e consciência cidadã. Dentre os requisitos para participar, é preciso ter de 15 à 18 anos, pertencer a camada sócio econômica menos favorecida, ter bom rendimento escolar, ter boa fluência oral e escrita em inglês, estar envolvido em atividades de responsabilidade social/ voluntariado, etc. Existe também o Work & Travel, destinado aos universitários, que além de viajarem e estudarem podem trabalhar e ganhar dinheiro.
Já a Rotary Club, oferece o IGE (Intercâmbio de Grupos de Estudos). É um programa educacional, em que distritos rotários de diferentes países formam parcerias para enviar e receber equipes profissionais, compostas de um líder rotariano e de quatro membros não rotarianos, por um período de quatro semanas. Sempre que possível, os participantes se hospedam em lares de rotarianos.
O Distrito 4640 do Rotary Internacional(de Guarapuava), um dos 38 existentes no Brasil, tem participado anualmente, desse programa, e já realizou IGE’s com países dos cinco continentes. Na gestão 2011-12, realizará um programa de IGE com o Distrito 6840 do Mississipi/Lousiana - EUA, com caráter multi vocacional.
O Programa de Intercâmbio de Grupos de Estudos (IGE) da Fundação Rotária oferece a jovens profissionais e empresários a oportunidade de participar em intercâmbios profissionais e culturais durante os primeiros anos de suas carreiras. Alguns requisitos é ter entre 25 à 40 anos, estar empregado há pelo menos dois anos na atividade que se inscreveu para representar, morar em um distrito rotário, porém não participar da Rotary Club.
Abaixo, Willian Carlos Saggin, que já realizou intercâmbio, conta como foi essa experiência e dá uma dica valiosa: é melhor ir sozinho do que com outro brasileiros. Confira porque:
